segunda-feira, 28 de junho de 2010

PARTIDA

(Manuela Barradas)

"As lembranças, não lembro mais
Inquieto, enfim, meu peito sente paz
Bem dizer a euforia de um novo amor
No tão belo jardim, mais uma flor

Segredos já não temos
Nossos signos fazem par
As emoções perdem o tino
E assim me dano a sonhar

No entanto, meu pranto rola
Vai entender tamanha contradição
Com o coração preso numa gaiola

É que não posso com os pés no chão
E morre mais uma flor no meu jardim
Pois o que não teve início, fim"

sábado, 12 de junho de 2010

ADORAÇÃO AO MEU QUERIDO

(Manuela Barradas)

"E eu sambei no vaivém da minha dor
Eu fui aquém, também além do meu labor
E hoje ao samba dedico minha adoração
Porque é ele que me serve abstração

No samba eu levo minha’lma a vagar
Problema seu que afirma que vou vadiar

O samba é meu grito de socorro
Não é a toa que seja a voz do morro
Pesa, bambeia, mas não cai
O samba é a alegria dos meus ais

Quem não tá por dentro, tá por fora
Vive do lamento.. da agonia
No samba a mágoa rebola
Aqui desgosto vira harmonia

Se estou contente, vou ao samba
Se é tristeza, faz bem balançar
Bondoso remédio que tira do tédio
Se isso é vadiar, deixa estar (deixa estar)"

terça-feira, 1 de junho de 2010

CORDAS UNIDAS

(Manuela Barradas)

"Quem diria a viola
De tão belo som
Por noites a fora
Em busca de um tom

Se embriagaria
Numa lucidez
Ao gritante cavaco
Mas que estupidez

Canções que alcançam suspiros
Emoções das mais variadas
E o tão pequeno, não sabe nada

Mas tem âmago sensível
Versa como um trovador
E assim as cordas aninharam-se com amor"
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