quarta-feira, 26 de maio de 2010

SONETO A SENHORA DA NOITE

(Manuela Barradas)

"Na rua tardas nua, lua
Seu semblante iluminado
De um fulgor incomparado
Em meio a toda imensidão

E vibras, sabe que a noite é sua
És fêmea, menina e mulher
Senhora de todo alento que houver
Porém tomada de compaixão

Oh lua, tu que destoas dentre faróis
Nem vagalumes, nem estrelas
Acende a chama debaixo dos lençóis

Como tu que és tema de poemas
Canções, asneiras, és companheira
Cresces e mínguas dia-a-dia dentro de nós"

segunda-feira, 24 de maio de 2010

VASO COLADO

(Manuela Barradas)

"Conhecer com firmeza a grandeza de amar
Não é fácil, caro amigo, é a arte de quem reparte
Por ouvir uma canção como pluma aos encantos de seu par

Em sua simplicidade sentimental
É bastante complexo
Os extremos se entrepõem
Como o côncavo e o convexo

Há quem diga que o amor resista aos dragões
Nem contos de fadas estão a salvo
Nada como o São Jorge contra os vilões

Entre trancos e barrancos
Ele dança e não finda
Balança, conforme o som
Que embala a festa da vida

É sentido que se quer achar
O amor é vaso colado
Bem ruim de estilhaçar"

sexta-feira, 21 de maio de 2010

TU DE BOM

(Manuela Barradas)

"De tantos encantos, entretanto
Um entorpecente diferente alvorecer
O bom ar do velho malandro
Jeito de falar que faz enlouquecer

Na ginga a malícia de quem sabe, de fato
Mãos que almejam ‘ouvir’ bobagens
Lábios com promessas de arrancar pedaço
Corpo que leva a mente a fazer viajens

Não é aliança, não há jura
Porém companheirismo e alucinação
A amizade é a essência mais pura
Coisas que permeiam a paixão

O grande erro, diga-se de passagem,
Recanto que o diabo gosta de estar
Cuidado, respeito e um tanto de traquinagem
Boa dose de carinho para finalizar

Como um querer que bate descontente
No entanto e de repente o compasso é o frenesi
É carnaval fora de época, temperatura quente
Delírio insensato, vício difícil de se sair”.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MOÇA ATRIZ

(Manuela Barradas)

"Como uma atriz da bossa, pelo salão a girar
Leve, sorridente e cabelos soltos no ar
Segue flutuante, na mão há sempre algo para beber
Brindando a vida sem ter nada o que temer

Semelhante a bailarina que dança na ponta dos pés
De braços em abraços, perfumes e anéis
Foram tímidos olhares, a moça pelos olhos enamorou
Aqueles mesmos pelo qual os dela chorou

E o grito tão alto no peito fez a música para de tocar
A madrugada, coitada, não mais viu a moça rodar
E por se fazer assim, a tristeza a afligia
Transbordando seu coração de mágoa e melancolia

Passados alguns instantes de toda situação
a menina enxugou o pranto, risonha e eufórica, correu pro salão
Até a Lua se fez cheia e com seu brilho intenso fez a noite alumiar
A cidade inteira ansiosa pra ver a moça bailar

Toca música, dança a moça, bem leve espalha seus ares
Rodopia, joga charme, enche de graça os bares
O recomeço só pôde ser uma eterna alegria
E assim a vida da moça atriz, prosseguia"

SEJAM BEM VINDOS!

Olá,

Criei esse blog com intuito de mostrar o resultado de minhas "reinspirações", porém me compreendam se por acaso eu demorar para postar, a danada não acontece da noite para o dia.

Espero que curtam!
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